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Kamila Pitombeira
15/05/2012
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Assim como todas as culturas, o plantio da alface oferece riscos ao produtor quando o assunto é doença. Nesse caso, o indicado sempre é a prevenção, seja através da utilização de mudas e sementes sadias ou ainda através da escolha adequada do local de plantio. Em condições favoráveis e medidas de manejo inadequadas, as perdas de produtividade devido ao surgimento de doenças na lavoura podem chegar a 100%. Portanto, além das medidas preventivas, o produtor deve atentar para o controle do problema.
— Diversas doenças afetam a cultura. Na entrevista, vamos falar sobre as doenças bióticas, ou seja, aquelas causadas por um ser vivo, como bactérias, fungos e nematóides — afirma Ailton Reis, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Hortaliças.
Entre elas, ele cita a cercosporiose, a septoriose e o mofo branco, as mais importantes causadas por fungos. Já entre as causadas por bactérias, as mais importantes são a podridão mole e a mancha bacteriana. Existem ainda as doenças causadas por vírus e a principal delas é o mosaico da alface. Já entre as causadas por nematóides, estão as galhas de raízes.
— O prejuízo que elas podem gerar ao produtor rural depende muito de fatores externos, como o climático. Se as condições climáticas forem favoráveis e o produtor não aplicar medidas de controle adequadas, a perda da produção pode chegar a 100% — conta o entrevistado.
Para detectar a presença das doenças na lavoura, Reis explica que é importante que o produtor tenha certa experiência, pois assim ele é capaz de reconhecer as principais doenças da cultura analisando apenas os sintomas.
— No entanto, outros fatores podem ajudá-lo a identificar a presença de doenças. Um deles é a aquisição de livros e manuais que possuam ilustrações da doença. Além disso, a internet também serve como uma ferramenta de busca de material — diz.
Já a forma mais adequada de controle, de acordo com o pesquisador, depende bastante do tipo de cada doença e qual parte da planta ela ataca. No caso do fungo, que ataca a parte aérea, pode-se utilizar um fungicida. No caso de vírus, seu controle não é possível, mas sim o do vetor. Já o controle de nematóides, geralmente é feito através de resistência genética.
— O produtor escolhe uma cultivar de acordo com sua produtividade, seu aspecto e sua aceitação pelo comércio. Não adianta cultivar uma variedade resistente se o comércio não a aceita. Portanto, o primeiro critério é a aceitação da cultivar no mercado — conta.
Para controlar uma doença de maneira correta, Reis afirma ser importante identificá-la corretamente porque, muitas vezes, os sintomas confundem o produtor. No caso de pouca experiência, é indicado procurar a orientação de um especialista.
— De forma geral, o mais importante é a prevenção, como a utilização de mudas e sementes sadias, a escolha adequada da área e o fornecimento de água de irrigação e nutrição correta —orienta ele.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Hortaliças através do número (61) 3385-9000.
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